Bônus de Apostas Notícias Lula prepara nova ofensiva para elevar tributos sobre apostas em 2025
Lula aumento imposto bets

Lula prepara nova ofensiva para elevar tributos sobre apostas em 2025

Governo estuda reajuste das alíquotas de 12% para até 24% e busca compensar perdas fiscais após derrota da MP 1303 no Congresso
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Written by Eduardo Sena Especialista em bônus
Updated: 13 out., 2025

Após a derrota da Medida Provisória 1303, que previa o aumento de impostos sobre apostas e aplicações financeiras, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já prepara uma nova estratégia para tentar elevar a tributação das casas de apostas e fintechs ainda em 2025.

A ideia é retomar a discussão com alíquotas entre 18% e 24%, valores superiores aos 12% previstos na legislação atual, com parte da arrecadação destinada a políticas públicas e investimentos em áreas como segurança social e saúde mental.

De acordo com fontes ligadas ao Planalto, a equipe econômica liderada por Fernando Haddad avalia diferentes caminhos para viabilizar a proposta, inclusive a possibilidade de encaminhar um novo projeto de lei complementar com tramitação acelerada.

Estratégia fiscal e foco eleitoral

O novo plano surge em um contexto de ajuste fiscal e pressão política. A rejeição da MP 1303 na semana passada frustrou as expectativas do governo, que contava com cerca de R$ 10,5 bilhões adicionais de arrecadação em 2025 e até R$ 21 bilhões em 2026.

Nos bastidores, aliados do governo reconhecem que o aumento das apostas esportivas e jogos online nos últimos meses impulsionou o debate sobre uma nova tributação. Para o governo, a medida é fundamental para compensar a perda de receitas e reforçar o discurso de equilíbrio fiscal em um ano pré-eleitoral.

Segundo interlocutores do Ministério da Fazenda, Lula pretende vincular o novo imposto à narrativa de justiça tributária, argumentando que “quem lucra mais precisa contribuir mais”. O foco será especialmente em empresas de apostas digitais e grandes plataformas financeiras.

Alternativa em estudo: taxar retroativamente e ampliar base

Uma das alternativas em análise é aplicar uma cobrança retroativa sobre apostas realizadas antes da regulamentação definitiva do setor — uma medida que divide opiniões entre parlamentares.

Outra proposta avaliada envolve estender o imposto para bancos digitais e carteiras virtuais, o que permitiria ampliar a base de arrecadação e suavizar o impacto sobre empresas de médio porte.

“O governo quer mostrar compromisso com a responsabilidade fiscal sem penalizar o pequeno apostador. Por isso, há estudos para escalonar as alíquotas conforme o volume movimentado”, disse um assessor próximo à equipe econômica.

Reação no Congresso e entre as empresas

A proposta deve enfrentar resistência no Congresso Nacional, especialmente entre deputados de centro e oposição, que já barraram o aumento anterior.

O principal argumento dos críticos é que a alta carga tributária pode reduzir a competitividade das operadoras licenciadas e favorecer o retorno de sites ilegais.

O setor privado também demonstra preocupação. Representantes da indústria de apostas e fintechs alertam que o mercado ainda está se adaptando à regulamentação de 2025, e que novos aumentos podem gerar instabilidade jurídica e perda de investimentos.

Ainda assim, há um consenso parcial de que parte dos recursos arrecadados deve ser destinada a programas de prevenção ao vício em jogos e apoio a políticas públicas esportivas, pontos que podem facilitar a negociação política no Congresso.