A Caixa Econômica Federal anunciou planos para entrar no mercado de apostas esportivas no Brasil. Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da instituição, Carlos Vieira, revelou que a estatal está finalizando os estudos para lançar sua própria plataforma de apostas, batizada de "Caixa Bet", no primeiro semestre de 2025. A expectativa é que o novo negócio gere uma arrecadação de R$ 18 bilhões em dois anos.
Com mais de 50 anos de experiência na gestão de loterias, como a Mega-Sena e a Lotofácil, a Caixa pretende utilizar seu conhecimento em jogos de azar para se destacar no competitivo mercado de apostas esportivas. Vieira destacou que a expertise da instituição em promover o "jogo consciente" será um diferencial para garantir um serviço seguro e responsável aos usuários.
Fase de finalização
A Caixa já deu o primeiro passo para tirar o projeto do papel ao solicitar uma licença de operação ao Ministério da Fazenda, condição obrigatória para atuar no setor. Além disso, a estatal planeja integrar sua rede de casas lotéricas ao novo serviço, permitindo que apostas esportivas sejam feitas tanto online quanto presencialmente.
"Estamos na fase de finalização dos estudos para lançar no primeiro semestre. Entendemos que a Caixa, que é um banco que está nas loterias desde 1966, não poderia ficar de fora. A nossa característica de gestora de loterias todos esses anos ajuda muito o sistema na questão do jogo consciente." Disse o presidente Carlos Vieira.
No entanto, a entrada da Caixa no mercado de apostas pode gerar controvérsias. O governo federal tem adotado medidas para restringir práticas de jogo irresponsável, como a proibição do uso do Bolsa Família em apostas online e o rastreamento de CPFs de apostadores. A Caixa, responsável pelo pagamento de benefícios sociais, afirmou que seguirá todas as regulamentações para garantir um serviço seguro e alinhado às políticas públicas.
A iniciativa coloca a Caixa na disputa por uma fatia do lucrativo mercado de apostas esportivas no Brasil, que vem crescendo rapidamente desde sua regulamentação. Se concretizado, o projeto pode transformar a estatal em uma das principais operadoras do setor, unindo tradição em loterias e inovação digital.
Enquanto isso, o governo mantém um olhar atento ao setor, com o presidente Lula alertando que revisará a regulamentação das apostas caso haja falhas no sistema de proteção aos usuários.
