Caixa economica quer entrar no mundo das bets
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Caixa mira arrecadação de R$ 40 bilhões com entrada no mercado de apostas esportivas

14 jul., 2025

Presidente Carlos Vieira confirma lançamento de plataforma própria no segundo semestre e projeta forte impacto nas receitas do banco

Especialista em apostas

A Caixa Econômica Federal pretende finalmente entrar no mercado de apostas esportivas ainda neste segundo semestre, e com ambições altas. Segundo o presidente da instituição, Carlos Vieira, a expectativa é que a nova frente gere uma arrecadação de R$ 2 bilhões já em 2025, podendo ultrapassar R$ 7 bilhões em 2026. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o executivo estimou um movimento total de jogos, incluindo loterias e apostas, entre R$ 35 bilhões e R$ 40 bilhões no próximo ano.

Apostas esportivas como nova frente estratégica da Caixa

Apesar de já ter obtido autorização junto à Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), o projeto sofreu atrasos. Como banco estatal, a Caixa depende de camadas adicionais de controle e aprovação, o que torna o processo mais lento em comparação com operadores privados. Ainda assim, Vieira garante que o plano está vivo e deve sair do papel nos próximos meses.

“Se lançarmos no segundo semestre, a projeção mínima é arrecadar R$ 2 bilhões já este ano. E, no ano que vem, algo em torno de R$ 7 bilhões”, afirmou.

A Caixa já é a responsável por diversas loterias federais, como Mega-Sena, Lotofácil e Quina, que juntas movimentaram quase R$ 26 bilhões em 2024, segundo o próprio banco. Quase metade desse valor é revertido em forma de tributos e repasses sociais, fortalecendo programas de educação, saúde e segurança pública.

Ao expandir seu portfólio com apostas esportivas online, a instituição aposta em um segmento em franca ascensão no Brasil, especialmente após a regulamentação oficial do setor em janeiro de 2025. Segundo o presidente da Caixa, a operação será estruturada com responsabilidade e monitoramento rigoroso para garantir que os jogos ocorram dentro dos princípios do “jogo consciente”.

“O Brasil precisa educar o público. Temos que mostrar que é possível apostar com controle, sem comprometer a renda familiar”, destacou Vieira, que prometeu investimentos robustos em campanhas de conscientização e sistemas de monitoramento.

Cenário favorável, mas com desafios

A entrada da Caixa no mercado regulado das bets promete movimentar a concorrência. Com dezenas de operadoras já licenciadas e em operação, a chegada de uma marca estatal com alto reconhecimento pode representar um novo marco no setor.

Por outro lado, o banco também terá que enfrentar desafios regulatórios e sociais, como o combate ao endividamento e a criação de políticas eficazes de jogo responsável, temas que vêm ganhando destaque no debate público e político.